Uma circular assinada pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e dirigida aos membros das bancadas federal e estaduais do partido, está deixando a turma em polvorosa.
Alerta o presidente que o artigo 48, parágrafo 10, inciso III do estatuto do Partido Liberal estabelece que “estará sujeito à instauração de processo ético disciplinar o detentor de mandato eletivo que apoiar, clara ou veladamente, candidato de outro partido”. Claro, desde que, no município em questão, o PL tenha um aspira (ou vice) para chamar de seu.
Valdemar recomenda e orienta que os deputados e senadores fiquem atentos, em especial nas redes sociais e na gravação de vídeos. Depois, ninguém pode dizer que não foi avisado…
No Rio
A turma da Assembleia Legislativa faz as contas do risco em cada cidade.
Em Campos, por exemplo, onde muitos bolsonaristas não querem seguir a orientação do senador Flávio Bolsonaro, e se recusam a apoiar a reeleição do prefeito Wladimir Garotinho (PP), o documento não representa qualquer problema. O PL não tem candidato, nem está indicando o vice.
Há quem vá de Delegada Madeleine (União). Outros aventureiros decidiram apoiar Thiago Rangel (PMB).
Já em Nova Iguaçu, a circular cortou as asinhas dos mais animados. O PL está com o candidato Dudu Reina, do PP. Em tese, o povo poderia apoiar quem quisesse. Mas, o presidente do PP, Doutor Luizinho, foi esperto. Filiou a irmã, Roberta Teixeira, ao PL — e pôs de vice. Acabou a graça dos rebeldes.
E, em Caxias… O PL apoia Netinho Reis, mas não indicou o vice. Então, tem bolsonarista arrastando as asas para Marcelo Dino (União).
Resumindo
Se não chega a proibir os apoios fora do partido, Valdemar tentou, ao menos, pôr ordem no furdunço.