A defesa do governador Cláudio Castro (PL) afirmou que vai entrar com um pedido de nulidade do relatório da Polícia Federal (PF) que levou ao indiciamento por peculato (desvio de verbas públicas) e corrupção passiva.
A PF concluiu a investigação em que apura supostos desvios de recursos de programas da Fundação Leão XIII no período em que Castro era vice-governador. Com o indiciamento, caberá à Procuradoria-Geral da República decidir se apresenta uma denúncia, se pede mais diligências à PF ou se arquiva o caso.
A defesa alega que não teve acesso ao relatório, mas reitera que “as informações que sustentam a investigação são infundadas e tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, em documentos que estão sob segredo de Justiça e continuam a serem vazados, o que vem sendo contestado junto aos Tribunais Superiores”.
Segundo as investigações da PF, o governador recebeu aproximadamente R$ 400 mil em pagamentos indevidos entre 2017 e 2019, período em que foi vereador do Rio e vice-governador. O irmão de consideração de Cláudio Castro, Vinícius Sarciá, também foi indiciado sob acusação desses mesmos delitos.
Com o indiciamento, Cláudio Castro torna-se o sétimo governador do Rio a ser alvo de investigação nos últimos 8 anos. Cinco deles foram presos – Moreira Franco, Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão, Rosinha Garotinho e Anthony Garotinho.