O presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), e o governador Cláudio Castro (PL) farão um revezamento, nesta quinta-feira (11), para finalmente assinar o acordo que prevê o chamamento de concursados da área de segurança de 2014. A medida é fruto de um consenso entre a Alerj, o governo estadual, o Ministério Público do Rio (MPRJ) e a Procuradoria-Geral do Estado (PGE).
O governador assinou o documento durante a manhã.
Já o presidente da Alerj vai ao MP, por volta das 12h, quando acabar a sessão. O quase encontro foi na sede do MPRJ, em meio à tensão que ainda reina entre Castro e Bacellar.
Castro e Bacellar romperam por causa da demissão de Washington Reis
Os dois, que eram praticamente amigos de infância, romperam quando o presidente da Alerj, na condição de governador em exercício, exonerou o então secretário de Transportes, Washington Reis (MDB), sem o conhecimento e a autorização do titular. Castro acusou Bacellar de desrespeito. O presidente da Assembleia argumentou que a falta de atitude do governador o obrigou a demitir o secretário.
Desde então, Castro, que havia anunciado apoio à pré-candidatura de Bacellar ao governo em 2026, recuou, afirmando que a definição se dará apenas no ano que vem.
Tema já se arrasta há mais de uma década
O chamamento dos concursados tem se arrastado há mais de uma década, com sucessivos adiamentos e promessas de deputados. Antes do recesso de julho, o deputado Bacellar garantiu que viabilizaria o acordo que contempla cerca de 800 aprovados do concurso da Polícia Militar de 2014.
Durante a sessão da Alerj, parlamentares como Luiz Paulo, Rodrigo Amorim e Marcelo Dino celebraram o acordo entre as partes. A categoria de aprovados no concurso, que lotou a galeria da casa, também comemorou e aplaudiu a solução encontrada.
‘Simplificar e agilizar o processo’
De acordo com Luiz Paulo, que recebeu até uma faixa da categoria com a frase “Ao mestre Luiz Paulo” em agradecimento ao apoio, a conquista representa um passo importante.
“O caminho judicial até aqui vinha impondo altos custos processuais e financeiros ao demandante, além de alongar indevidamente a resolução da questão. Com o objetivo de simplificar e agilizar o processo, o MP, em conjunto com as Procuradorias, articulou uma solução consensual, culminando na assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que permitirá a continuidade do concurso público em andamento”, destacou o parlamentar.
O deputado ainda enfatizou que, no concurso de 2014, restam etapas a serem cumpridas — como a prova de Língua Portuguesa e o Teste de Aptidão Física (TAF). Após a conclusão dessas fases, será feita a verificação do número de excedentes aptos a serem convocados, em paralelo ao novo concurso da PM, previsto para 2026.