A aprovação, no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, da cassação do mandato de Glauber Braga (PSOL-RJ), na noite de quarta-feira (9), virou o centro das atenções na sessão plenária da Assembleia Legislativa (Alerj), nesta quinta (10). Deputados da esquerda e da direita protagonizaram um embate intenso, com direito a “guerra de cartazes”.
Já na reta final da sessão, parlamentares do PSOL, como Yuri Moura e Professor Josemar, saíram em defesa do correligionário e ergueram cartazes com os dizeres “Glauber fica”. Enquanto isso, Filippe Poubel e Alexandre Knoploch, ambos do PL, escreveram em folhas de papel “Glauber fica com fome”, ironizando a greve de fome anunciada pelo parlamentar federal.
Não demorou para os discursos passarem a girar sobre os velhos temas de discussão entre políticos da esquerda e da direita. De um lado, os deputados do PSOL defenderam a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Do outro, parlamentares do PL debocharam de pautas dos rivais, como, por exemplo, a descriminalização das drogas.

Conselho de Ética aprova cassação do mandato de Glauber Braga
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta, por 13 votos a cinco, o parecer pela cassação do mandato do deputado Glauber Braga por quebra de decoro parlamentar.
Na semana passada, o relator do processo, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), recomendou a punição do colega. Glauber poderá recorrer da decisão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O processo também passará por análise do plenário da casa.
Glauber Braga foi acusado pelo partido Novo de ter expulsado da Câmara, em abril do ano passado, com empurrões e chutes, o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costenaro.
A cena foi filmada. Costenaro participava de manifestação de apoio a motoristas de aplicativo durante o debate de proposta que regulamenta a profissão (PL 12/24).
Glauber Braga afirmou que reagiu às provocações do integrante do MBL, que tem, segundo ele, um histórico de provocações em sequência.
Greve de fome
Após a aprovação, o deputado anunciou que fará greve de fome e ficará na Câmara dos Deputados até o fim do processo.
“Sei que é a tática mais radical que um militante pode tomar. Estou em jejum no dia de hoje e vou permanecer sem alimentação como uma forma de denúncia e como uma tática de enfrentamento radical ao que está acontecendo”, disse o parlamentar nas redes sociais.
Com Agência Brasil
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