O 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Neste sábado, a data tem um significado a mais. Uma cartilha com orientações para que os próprios pequenos aprendam a se defender começam a chegar nos abrigos no Rio Grande do Sul — onde, infelizmente, já houve relato de abusos.
A cartilha, em linguagem fácil, foi criada pela jornalista Patrícia Almeida e pela psicóloga Neusa Maria em 2018. É a mola mestra do projeto “Eu me protejo”, que serve de apoio a famílias e educadores em conversas com os pequenos, desde cedo, sobre os seus corpos e como protegê-los — evitando situações de violência. Várias personalidades, inclusive a primeira-dama Janja, posaram com a bonequinha símbolo do programa para ajudar na divulgação da campanha.
O primeiro lote de cartilhas chegou ao Rio Grande do Sul, no último domingo, de Brasília, em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), acompanhado de funcionários das secretarias nacionais dos Direitos das Pessoas com Deficiência e da Criança e do Adolescente do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. O material foi doado pelo deputado federal Doutor Zacharias Calil, de Goiás, presidente da Rede Nacional de Frentes Parlamentares para Primeira Infância.
A Secretaria estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, juntamente com a Escola de Saúde Pública/RS e o Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes do Rio Grande do Sul vão distribuir as cartilhas e conversar com as crianças nos abrigos.
Várias organizações da sociedade civil, como a Associação Brasileira de Pais e Familiares de Bebês Prematuros (ONG Prematuridade.com), estão engajadas nesse movimento.
Novos lotes de cartilhas estão programados para ser enviados de Brasília e pelo Correio, uma vez que as gráficas locais estão com dificuldade de funcionamento.