Depois do Escravos da Mauá, o Timoneiros da Viola é mais um bloco querido dos cariocas que está colocando fim à festa pré-carnavalesca anual, que realizava em Oswaldo Cruz.
O Timoneiros é o maior do subúrbio do Rio e tem Paulinho da Viola como cofundador e anfitrião.
“Cansamos de lutar contra um sistema desigual em que o poder, o dinheiro e os acordos políticos são prerrogativas para se fazer carnaval. O que temos a oferecer é arte para pretos, pobres e sambistas”, diz Vagner Fernandes, diretor-presidente do bloco que completaria 12 anos em 2024.
Neste carnaval, o Timoneiros iria celebrar os 80 anos de Paulinho e teria como homenageada a cantora Clara Nunes, que gravou dois dos maiores sucessos do compositor: “Coração leviano” e “Na linha do mar”.
“Fizeram o mesmo com o Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo, fundado por Candeia na década de 1970. Todo núcleo de resistência precisa ser desconstruído. É projeto político de destruição, com o apoio incondicional dos grandes empresários e da iniciativa privada”, lamenta Vagner.