A rodovia BR-101, no trecho entre Niterói e Campos dos Goytacazes, registrou 132,6 toneladas de despejo irregular de lixo, nos cinco primeiros meses de 2024. A concessionária Arteris Fluminense, que administra o trecho, divulgou o balanço.
Equipes da concessionária retiraram o material das margens de 322 quilômetros da via. Entre os itens recolhidos estão recape de pneu, papel, vidro, garrafa Pet, plástico, entulho, equipamentos eletrônicos e lixo orgânico.
A concessionária alertou para o risco que esse material pode causar para a segurança dos usuários das rodovias e ao meio ambiente. Com o acúmulo de lixo, as canaletas para o escoamento da água podem transbordar, alagando a pista.
Já o incêndio desses materiais pode ocasionar problemas estruturais em viadutos e passarelas. Por sua vez, o lixo orgânico jogado às margens da via pode atrair animais de pequeno ou grande porte para as proximidades da rodovia e resultar em acidentes.
“O lixo, além de um problema ambiental, impacta diretamente na segurança viária, já que pode atrair animais às margens das rodovias e ocasionar acidentes. Outro ponto está relacionado ao lixo depositado nas encostas, que pode ocasionar deslizamentos de terra, interrompendo a fluidez do tráfego”, afirmou Marcello Guerreiro, coordenador de Meio Ambiente da Arteris Fluminense.
São Gonçalo campeão de descarte irregular
Segundo levantamento e acompanhamento da área de conservação da concessionária, dos 322 quilômetros administrados o trecho da rodovia que atravessa o município de São Gonçalo é um dos pontos que mais recebem o descarte irregular de resíduos e lixos orgânicos, principalmente nas regiões entre os bairros do Gradim e do Jardim Catarina.
Destino do lixo
Os materiais recolhidos orgânicos são destinados a aterros sanitários licenciados. Já pneus e sucatas metálicas, por exemplo, são encaminhados para o programa de reciclagem EcoEnel. Somente neste ano, cerca de 73 toneladas de materiais foram destinadas para o programa.