O blocão parlamentar “O Rio que queremos”, da Câmara do Rio, está derretendo.
Nesses dias de calor intenso na política carioca, o MDB decidiu deixar o barco criado por William Coelho (DC) nesta quinta-feira (13). O vereador Vitor Hugo vai assumir a liderança do partido, que conta ainda com Renato Moura e Rodrigo Vizeu.
Não serão os primeiros. Wellington Dias (PDT) desistiu antes mesmo de o grupo ser formalizado. Dois dias depois de iniciado o ano legislativo — e de instituída a nova composição das comissões permanentes da Câmara do Rio — Jorge Canella (União Brasil) protocolou a sua retirada.
O blocão, que nasceu com 16 componentes, agora vai ficar com 11. Ainda assim, permanece como a segunda força na Câmara — à frente do PL, que tem sete vereadores.
Blocão já teria cumprido sua função, alegam dissidentes
A alegação oficial dos nobres emedebistas é a de que o bloco parlamentar já teria cumprido a função de arrumar espaço nas comissões para os desgarrados.
Mas há quem garanta não ser essa a única razão.
“Uma parte do grupo não quer ser usada como escada para que outros vereadores da base consigam negociar cargos e chorar suas pitangas com o prefeito Eduardo Paes (PSD)”, aposta uma águia observadora dos usos e costumes no velho Palácio Pedro Ernesto.