Vários atos vão acontecer ao longo desta quinta-feira (14) para marcar os seis anos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Pela manhã, a viúva de Marielle, a vereadora Monica Benício (PSOL) liderou uma manifestação em entre à Câmara dos Vereadores, na Cinelândia, para prestar homenagem e pedir justiça.
“Hoje é um dia de dor. Eu preferia estar na minha cama, chorando, mas a gente precisa levantar para produzir atos que não só lembrem a sociedade, mas que reivindiquem às autoridades a Justiça. Além da tristeza, ainda permanece a indignação de chegar aos seis anos de um assassinato como esse sem essa resposta”, afirmou Monica.
O segundo ato foi uma missa em memória de Marielle e Anderson, realizada na Igreja Nossa Senhora do Parto, também no Centro do Rio. Está marcado ainda um terceiro movimento no tradicional Buraco do Lume, na Praça Mario Lago.
Marielle e Anderson foram assassinados na noite de 14 de março de 2018, quando o carro onde estavam foi fuzilado, no bairro do Estácio. Dois acusados dos homicídios, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, foram presos em março de 2019. Lessa é suspeito de ter efetuado os disparos e Queiroz, de conduzir o carro usado no assassinato.
Um terceiro homem, o ex-bombeiro Maxwell Simões Correia, foi preso no ano passado, depois de uma delação premiada de Queiroz, que o apontou como responsável por monitorar as movimentações de Marielle. Em janeiro deste ano, o mecânico Edilson Barbosa dos Santos foi preso, suspeito de ajudar a se desfazer do carro usado no crime.
Outros suspeitos foram mortos no decorrer do inquérito policial. Nos atos, amigos, familiares e manifestantes exigem as conclusões das investigações, que poderiam apontar para as motivações do crime e possíveis mandantes.
Inicialmente, o crime começou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios da Polícia Civil fluminense. Em fevereiro do ano passado, a Polícia Federal (PF) abriu sua própria frente de investigação. Em 2021, oMinistério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) criou uma força-tarefa para acompanhar as investigações.