O plenário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) sediou, nesta segunda-feira (22), uma audiência pública em alusão ao Dia Nacional e Estadual da Luta da Pessoa com Deficiência. Promovida pela comissão responsável pelo tema, presidida por Fred Pacheco (PMN), a reunião contou com a participação de parlamentares, especialistas, líderes sociais e familiares para debater políticas públicas voltadas à inclusão.
Durante a audiência, participantes compartilharam experiências pessoais e desafios enfrentados por pessoas com deficiência. A autista e ativista Fernanda Fialho falou sobre seus mais de 1.200 dias em internação psiquiátrica, ressaltando a necessidade de políticas de saúde mental mais inclusivas.
Já a escritora e influenciadora Bruna Moreira, do projeto Voz Atípica, abordou a experiência da maternidade atípica e a importância de visibilizar mães que enfrentam desafios de inclusão. Camilla Moura, também mãe atípica, destacou como a resiliência pode transformar dificuldades em aprendizado e inspiração.
O ex-deputado Otávio Leite enfatizou que avanços legislativos só têm valor se forem implementados de forma efetiva e chegarem à população que deles depende. Frei Wellington, deficiente visual e líder pastoral, encerrou as falas destacando sua trajetória de superação e engajamento em iniciativas de inclusão social.
O deputado Fred Pacheco afirmou que a audiência teve caráter mais amplo do que um ato formal, reforçando que acessibilidade é um direito e não um favor.
“O que vivemos hoje aqui na Alerj foi um chamado para que as pessoas com deficiência deixem de ser vistas como estatísticas e passem a ser reconhecidas como cidadãos plenos. As histórias que ouvimos são lembretes poderosos de que a acessibilidade não é favor, é direito. O Estado tem a obrigação de transformar essas vozes em políticas públicas eficazes”, afirmou o parlamentar.