Agentes civis do Segurança Presente temem não receber o 13º salário, cujo pagamento está previsto para esta sexta-feira (20). Isto porque a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) alega não possuir verba suficiente em caixa para quitar os vencimentos e que irá pedir suplementação à Secretaria estadual de Governo (Segov).
O que causou surpresa aos agentes é que, em outubro, a Segov descentralizou R$ 14,3 milhões para a Uerj a fim de financiar o programa. O Segurança Presente é gerido pela Segov, mas os agentes civis são contratados pela universidade através do Laboratório de Estudos de Abordagem de Proximidade (Labeprox).
Procurada, a Uerj confirmou que realizou o pedido de suplementação no valor de R$ 1,7 milhão junto à Segov para garantir o pagamento dos valores devidos aos agentes civis do programa Segurança Presente até o final de 2024.
Além disso, disse que os recursos disponibilizados até então, previstos para cobrir o período entre setembro e dezembro de 2024, garantiram o pagamento dos trabalhadores até novembro, assim como as verbas rescisórias daqueles que se desligaram desde outubro.
Problemas recorrentes
Este não é o primeiro problema envolvendo o pagamento dos agentes civis. Em outubro, alegando atraso de salários de cerca de três meses, os agentes ameaçaram suspender as atividades até que o dinheiro fosse depositado pela Uerj.
Em junho, ao identificar diversas irregularidades, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou a suspensão do Labeprox. Por isso, contratos da Uerj com o Segurança Presente foram congelados, naquela ocasião.