O ex-policial militar Ronnie Lessa foi condenado pela Justiça Federal a seis anos e oito meses de prisão, em regime semi-aberto, por contrabando de peças e acessórios de armas de fogo. Ele já está preso desde 2019 acusado e matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
A condenação é um desdobramento da apreensão de peças de 117 fuzis desmontados em 2019 , na Zona Norte do Rio. Na época, a investigação da Polícia Civil apontou Lessa como o responsável pelo arsenal.
Segundo a acusação apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), ele fez importações ilícitas de peças e acessórios bélicos entre 2017 e 2018. O material poderia ser usado para montar fuzis, armas de airsoft e de pressão a gás. A denúncia aponta que ele comprava as peças pela internet e contava com a ajuda da filha, Mohana Figueireiro Lessa, que morava nos Estados Unidos, para enviar as encomendas ao Brasil.
A Justiça, no entanto, decidiu absolver Mohana de todas as acusações por entender que não há provas suficientes do conhecimento dela sobre o crime, “sendo plenamente possível imaginar que seu pai, repita-se, à época policial militar, estivesse legitimado a fazer tais importações”.
Em depoimento à Justiça Federal, Lessa negou as acusações de contrabando e alegou que os acessórios citados na denúncia do Ministério Público Federal são usados em armas de airsoft.
Na decisão, a juíza Fernanda Resende Djahjah Dominice destacou que as consequências do delito também são especialmente graves” e que todas as provas indicam que “o acusado importava tais componentes com o objetivo de efetuar a montagem de armas de fogo que seriam inseridas na clandestinidade, o que afeta e coloca em risco milhares de pessoas, representando uma grave ameaça à segurança pública”.
Com informações da Agência Brasil e G1