Sempre bélica, Teresa Bergher (PSDB) chegou pintada para a guerra para a última votação do orçamento municipal de sua carreira como vereadora. Em cinco mandatos consecutivos, nunca conseguiu se conformar com o que considera altíssima margem de remanejamento que os colegas da Câmara do Rio dão, todos os anos, aos prefeitos. Nada menos que 30%.
“Como grande parte do orçamento é composta por verbas carimbadas (que têm destinação prevista em lei), os prefeitos acabam tendo o poder alterar quase todo o restante do orçamento, como bem entendem. É o famoso cheque em branco que essa casa sempre dá. Já virou tradição”, reclama.
Teresa fez um minucioso levantamento do projeto de lei orçamentária. E sobraram críticas. Uma delas é ao corte nos Restaurantes Populares para o ano que vem. O programa começou 2024 com R$ 3,6 milhões, para servir 1,1 milhão de refeições. Para o ano que vem, o programa vai ficar a pão e água, com o inacreditável corte de 45%, caindo para R$ 2 milhões, para 255.815 refeições.
“Significa dizer que 75% dos cidadãos em situação de vulnerabilidade não terão a garantia de alimentação saudável, com condições de higiene adequadas e a preço módico. É desumano”, crítica Teresa. “Mas é este orçamento que a Câmara assina embaixo”, lamenta.
A derrota derradeira
Como sempre, Teresa apresentou uma emenda para que o remanejamento fosse de até 15%.
Mas a proposta, mais uma vez, foi rejeitada