Mais treta no PSD — e a briga, desta vez, é pelos números.
A chapa do partido do prefeito Eduardo Paes é conhecida, nos bastidores da política, como a “nominata da morte”. Entre parlamentares no mandato e aspiras (ex-subprefeitos e secretários do coração do mandachuva) muitos vão ficar pelo caminho na conquista do Velho Pedro Ernesto.
E, mais uma vez, o vereador Márcio Ribeiro e o ex-subprefeito da Zona Sul Flávio Valle estão no epicentro da confusão. Pupilo do deputado federal e presidente estadual do partido, Pedro Paulo, Ribeiro anda dizendo que correrá nas eleições com o 55.555 (para ficar na linha do padrinho, que usa o 5555).
Acontece que, por lei, a preferência é de quem disputou e venceu as últimas eleições com o número. Neste caso, do vereador Rogério Rocal — que decidiu não abrir mão da sequência vencedora.
Pedro Paulo entrou em ação e tentou contemporizar, oferecendo a Ribeiro o 55001. Dessa vez, quem vetou foi o próprio prefeito, sob o argumento de que seu número um não é Ribeiro, mas Didi Vaz, ex-sub da Zona Norte. Agora, o homem passou a disputar o final 005 com Felipe Boró.
Já Flávio Valle andou se estranhando com Antônia Leite Barbosa pelo 55021. Mas o querido subprefeito de Paes levou a melhor. Antônia até já disputou eleição com este final — mas pelo Cidadania. E ele chegou antes ao PSD.
Aliás, Valle, Didi e a ex-secretária das Mulheres Joyce Trindade andam na mira de gregos e troianos. A turma no mandato acha que eles estão sendo privilegiados pelo prefeito em agendas, anúncios e inaugurações. É treta dobrada!
Ainda teve o vereador Marcelo Diniz e o agente comunitário de saúde Ronaldo da ACS travando batalha pelo final 888. Por fim, Ronaldo ficou com o número, porque já concorreu com ele pelo PSD, chegou antes no partido, e ainda teve mais votos que Diniz. Além disso, o 5588 foi o número do deputado federal/secretário de Saúde Daniel Soranz — e ambos são ligados à saúde.
E a campanha sequer começou.
Como diz um ditado antigo: “Casa que falta pão, tudo mundo briga e ninguém tem razão.”