Em meio a uma epidemia de dengue no estado, com decreto publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (22), os preços de testes de detecção da doença em laboratórios particulares podem variar até 276%. Para os repelentes, o mesmo produto pode ficar até 66% mais caro, na mesma região. Foi o que mostrou um levantamento do Procon-RJ.
Os fiscais fizeram pesquisa em 10 laboratórios, entre segunda e terça-feira, e constataram que o mesmo procedimento, em locais diferentes, teve 276,19% como a maior variação e 42,17% como a menor.
A maior diferença foi no preço do teste de sorologia que detecta o IgM, um dos anticorpos produzidos pelo sistema imunológico da pessoa infectada com o vírus. Num laboratório de Bonsucesso, Zona Norte, o exame custava R$ 42. Já em uma unidade do Felipe Matoso, que atende em bairros da Barra, Centro e Zona Sul, o teste sai por R$ 158.
O teste de IGG, outro anticorpo também produzido em resposta da dengue, variou 251%, de R$ 45 a R$ 158. O levantamento completo do Procon com os preços neste link
A autarquia também está realizando levantamento de valores de repelentes e, até agora, encontrou uma variação de 66,11% do mesmo produto em locais diferentes na Zona Norte do Rio. Já na Zona Sul, foi encontrada oscilação de 43,32% no mesmo repelente.
De acordo com o presidente do Procon-RJ, Cássio Coelho, as informações levantadas pelos agentes serão analisadas. Caso sejam encontradas violações ao Código de Defesa do Consumidor, o fornecedor será multado.
“Essa variação sinaliza uma possibilidade de aumento injustificado. Foi importante o Procon-RJ tomar logo essa iniciativa para coibir qualquer tentativa de prática abusiva”, disse Cássio.
O consumidor que deseja fazer uma denúncia ou reclamação poderá acessar o site oficial da autarquia através do site oficial: www.procon.rj.gov.br ou WhatsApp (21) 98104-5445.