Domingos Brazão está preso desde março de 2024, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. Mas o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) ainda tem outras pendências na Justiça: nesta quarta-feira (16), ele foi interrogado no processo em que é réu por corrupção e lavagem de dinheiro.
O depoimento ocorreu no âmbito da Operação Quinto do Ouro — um desdobramento da Lava Jato que revelou um suposto esquema de pagamento de propina dentro do TCE-RJ. As informações são do portal G1.
Brazão é conselheiro do tribunal desde 2015. Em março de 2017, foi preso temporariamente pela Lava Jato, junto com outros quatro conselheiros da Corte de Contas. Todos foram soltos uma semana depois, mas permaneceram afastados do cargo. Brazão só foi reconduzido ao TCE em 2023.
Além dele, também são réus no processo os conselheiros Aloysio Neves, José Gomes Graciosa, José Maurício Nolasco e Marco Antônio Alencar. Os cinco respondem pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A Procuradoria-Geral da República aponta duas suspeitas principais contra os conselheiros: o recebimento de propina em troca da aprovação de contas e contratos superfaturados, ou para viabilizar o uso do fundo especial do TCE-RJ no pagamento a empresas que forneciam alimentação para presídios do estado.