Um pinguim-de-Magalhães foi resgatado com vida na Praia Seca, em Araruama, na Região dos Lagos, pelo Instituto BW — organização não governamental que atua no monitoramento da fauna marinha desde 2020. Esse foi o primeiro resgate de um pinguim vivo da temporada 2025 pelo instituto.
Segundo o instituto, o pinguim resgatado apresentava sinais de debilidade, mas já recebeu os primeiros atendimentos e ficará em observação. A equipe de veterinários avalia o quadro clínico do animal, que será acompanhado até a possível reabilitação e soltura.

Os pinguins-de-Magalhães se reproduzem entre novembro e janeiro nas águas frias da Argentina e do Chile e, entre março e setembro, costumam migrar para o norte, passando o inverno em regiões mais quentes próximas às costas do Uruguai e do Brasil.
Outros dois animais da mesma espécie foram encontrados mortos na Praia Grande, em Arraial do Cabo. Segundo a coordenadora de medicina veterinária do instituto, Paula Baldassin, o aparecimento de animais debilitados nessa época do ano é relativamente comum.
— Muitos chegam às praias desidratados, com baixo peso, em estado de hipotermia e precisando de atendimento veterinário urgente. Nossas equipes estão preparadas para atuar em todos os resgates, mas a ajuda da população é essencial — afirmou.
Migração em busca de águas quentes
A migração anual pode ser explicada pelas águas mais quentes do litoral brasileiro, busca por alimentos, mudanças nas correntes oceânicas e também na busca de locais propícios para reprodução.
Além dos pinguins, baleias jubarte, tartaruga-cabeçuda e tubarões galha-preta também costumam ser vistos na costa brasileira no período do inverno.
O que fazer ao encontrar um pinguim:
- Acione o Instituto BW pelo telefone 0800 991 4800;
- Mantenha distância do animal e não tente devolvê-lo ao mar;
- Isole a área para evitar a aproximação de pessoas, cães ou predadores;
- Não coloque o animal em contato com gelo ou dentro de caixas térmicas;
- Se possível, mantenha-o à sombra e aguarde a chegada dos biólogos.