A Câmara do Rio adiou a primeira votação do projeto de lei complementar da prefeitura que institui a Operação Urbana Consorciada (OUC) do Parque do Legado Olímpico Rio 2016, prevista para esta terça-feira (27). A decisão foi tomada depois de uma reunião do Colégio de Líderes com representantes da prefeitura, na qual optaram por adiar a discussão no plenário.
Na reunião para discutir a proposta, estiveram presentes Gustavo Guerrante, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, e Thiago Ramos Dias, chefe de gabinete do prefeito. O encontro foi presidido por Carlo Caiado (PSD) e, em conjunto, parlamentares e integrantes da administração municipal concordaram em aguardar as emendas ao projeto, que devem ser apresentadas até sexta-feira (30).
Sobre o projeto
A operação tem como objetivo transformar e valorizar a área que sediou os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, na Barra Olímpica, Zona Oeste do Rio, reconhecida como patrimônio público de interesse histórico, cultural, social e esportivo.
Com investimentos previstos na ordem de R$ 7,9 bilhões, a proposta apresentada pela empresa Rock World prevê a criação do Projeto Imagine — um complexo de entretenimento com centro de lazer, esportes e cultura. O empreendimento incluirá um parque temático, anfiteatro para 40 mil pessoas, hub criativo com pista de patinação no gelo, museu olímpico, abrigo permanente para o Rock in Rio, resort, torre de escritórios, entre outros equipamentos.
Segundo dados da empresa, o projeto deverá injetar R$ 240 bilhões na economia e gerar 143 mil empregos ao longo de 30 anos. No início de abril, a Câmara do Rio realizou uma audiência pública para debater a proposta.
Discussões durante a reunião
Durante a reunião desta terça-feira, Carlo Caiado cobrou maior clareza no projeto, especialmente sobre o cronograma de fases e a necessidade de criar uma comissão de acompanhamento, semelhante à que foi formada para a Operação Urbana Consorciada do Vasco da Gama. Ele também alertou para a possível sobreposição entre operações consorciadas.
Por sua vez, o vereador Pedro Duarte (Novo), presente na reunião, destacou a importância de transparência na proposta.
“Acho fundamental que a prefeitura deixe claro quais obras de mobilidade são prioridade para compensar o impacto deste empreendimento. Também é importante saber qual será o montante destinado do orçamento municipal. Essa é uma resposta relevante que podemos dar para a população da região”, afirmou.