A operação de busca e apreensão da Polícia Federal no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), na manhã desta segunda-feira (29), deixou os habitantes do velho Palácio Pedro Ernesto em polvorosa — apesar de os nobres ainda estarem em recesso.
Colegas e ex-colegas de Carluxo agora ficaram preocupados com a chamada Abin Paralela — o esquema de monitoramento de autoridades, parlamentares e até jornalistas que teria sido montado na Agência Brasileira de Inteligência na época do ex-presidente Jair Bolsonaro. Carlos e o deputado federal Alexandre Ramagem seriam os mentores da bisbilhotice.
“Carlos Bolsonaro pode ter levado ao extremo a espionagem ilegal, via seu amigo Ramagem. Até a instâncias não federais, como com seus colegas da Câmara do Rio, onde ele exerce mandatos há várias legislaturas”, diz o ex-vereador e hoje deputado federal Chico Alencar, do PSOL.
E completa:
“Tem muita gente ressabiada, até do campo conservador. Não se sabe até onde o esquema sombrio chegou”.