Os fãs da Lady Gaga que encararam a multidão na Praia de Copacabana no último fim de semana, antes e durante o show da diva, não saíram imunes ao calor humano. E entre as inúmeras preocupações, naturais de grandes aglomerações — furtos, dificuldades de acesso ao metrô, entre outras dores de cabeça — o Gagacabana também deixou uma lembrança ingrata para alguns little monsters: gripe.
Segundo dados da Secretaria estadual de Saúde, nas 27 UPAs administradas pelo governo do estado, os atendimentos relacionados a sintomas de gripe tiveram um aumento de 20% em comparação com duas semanas antes. Entre 13 e 19 de abril, a secretaria registrou uma média de 395 atendimentos por dia. Já entre 27 e 3 de maio — a chamada “Gagaweek” —, cerca de 3 mil pessoas procuraram as unidades — uma média de 477 atendimentos por dia.
Cabe ressaltar que, além dos 2,1 milhões de pessoas estimados pela prefeitura durante o show, o Rio ficou abarrotado de gente de todos os cantos do país — e do mundo — que vieram ver a mother monster, ao longo dos dias que antecederam o evento. A “gripe da Gaga” até ganhou apelidos nas redes sociais. GAGA1N1 e Gagavírus foram alguns dos títulos escolhidos pelo internautas adoentados.
Campanha de vacinação
Com a distribuição de novas doses da vacina contra o vírus influenza, a Secretaria estadual de Saúde também reforça a importância da imunização. Segundo a pasta, desde o início da estratégia de vacinação, em abril deste ano, mais de 3,5 milhões de doses foram disponibilizadas para todo o estado. O objetivo é vacinar mais de 7 milhões de pessoas, e até o dia 30 de abril, já foram 499.341 vacinados. O imunizante protege contra os vírus influenza A (H1N1 e H3N2) e B. Possíveis “autores” da gripe da Gaga.
O público prioritário da estratégia inclui gestantes, crianças com idade entre 6 meses e menores de 6 anos, pessoas com mais 60 anos, mulheres com até 45 dias após o parto, profissionais de saúde, de forças de segurança e resgate, além de indígenas e quilombolas. Também fazem parte do público-alvo, trabalhadores da saúde, professores do ensino básico e superior, profissionais de segurança e salvamento, das Forças Armadas, e pessoas com deficiências permanentes.
Além disso, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário, trabalhadores portuários, trabalhadores dos Correios, a população privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade também fazem parte do grupo a ser imunizado. Também poderão receber a vacina os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.
Na capital, todas as pessoas com 6 meses de idade ou mais já podem se vacinar contra a influenza. A recomendação para pessoas que tenham apresentado febre recente, é adiar a vacinação até que o estado de saúde melhore.