O governador Cláudio Castro (PL), pré-candidato ao Senado em 2026, resolveu expandir seus domínios na política e está fazendo campanha por Bernardo Rossi, secretário de Meio Ambiente — e, atualmente, seu mais fiel escudeiro — a presidente do Republicanos do Rio.
Rossi ficou como suplente do Solidariedade na Assembleia Legislativa, em 2022, e é um novato no partido.
Enfrenta dois fortes concorrentes: o ex-presidente Luis Carlos Gomes, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e também suplente, mas na Câmara Federal; e o bem relacionadíssimo deputado Luciano Vieira.
Interferência de Castro no Republicanos não foi vista com bons olhos
A colher de Castro no partido alheio foi interpretada como um passo em falso do governador.
O Republicanos já vive em pé de guerra desde que começou a se movimentar para tirar o ex-prefeito de Belford Roxo Waguinho da presidência. Waguinho é muito próximo ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha — que está tentando levar para o partido, há pouco mais de um ano, cinco deputados federais descontentes com o União Brasil. Os cinco torcem o nariz contra a retirada de Waguinho da presidência, e Cunha tenta uma série de estratégias para manter o aliado no comando.
Percebendo o momento de fragilidade da legenda, o Republicanos aproveita para tentar retomar a presidência, com o bispo Luis Carlos.
Mas a Universal não está unida na empreitada. O ex-prefeito, também bispo da igreja e hoje deputado federal Marcelo Crivella, por exemplo, está apoiando a candidatura de Luciano Vieira.
E Crivella já está de olho na disputa pelo Senado no ano que vem. Pode ser um forte adversário de Castro — que, em vez de buscar apoios, está semeando a cizânia em partido alheio.
Mas, aí, já é outra história…