A esvaziada sessão ordinária desta quarta-feira (26) na Câmara do Rio, deixou de lado todas as discussões quentes da cidade, como o polêmico projeto de regulamentação do Airbnb e da criação de uma Força Segurança armada, para repercutir o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), que aconteceu em Brasília.
O STF tornou o ex-presidente e outros sete aliados réus, incluindo o deputado federal e ex-candidato à prefeito do Rio, Alexandre Ramagem (PL-RJ), por tentativa de golpe de estado e de abolir o Estado Democrático de Direito. A votação, na Primeira Turma da corte, terminou no começo da tarde desta quarta e foi por unanimidade.
O resultado gerou um bate-boca acalorado entre os vereadores Maíra do MST, Leonel de Esquerda, ambos do PT, Rogério Amorim, Rafael Satiê e Poubel, os três últimos do PL. A petista, que presidia os trabalhos, iniciou a discussão atacando o ex-presidente, e defendendo que todos os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro não devem receber anistia.
“Hoje, pela primeira vez, estamos vendo golpistas sentados no banco dos réus. Bolsonaro foi condenado a réu. As imagens e a farta documentação deixam tudo muito claro. O 8 de janeiro não foi apenas um passeio de domingo. Eles quebraram tudo e agrediram policiais. 8 de janeiro foi a última tentativa de golpe de Estado de Bolsonaro e seus amigos”, disse.
Rogério Amorim, por sua vez, lamentou o discurso da colega de plenário, chamando o julgamento desta quarta-feira no STF de “teatro”. Satiê fez coro com o colega de partido, e classificou o discurso da petista como “leviano” e “covarde”.
“No plenário vazio, ela está aí fazendo ilações ao presidente Bolsonaro, que não botou dinheiro na cueca, que não desviou o dinheiro do mensalão, que não desviou o recurso do Petrolão e nem acabou com o fundo de pensão dos Correios”, disse o vereador.
Já Poubel ressaltou que Bolsonaro, na verdade, “não precisa de defesa”.
“Quem precisa de defesa é vagabundo. É o que a senhora defende, vagabundos”, disse o vereador, falando diretamente à Maíra.
Aprovação de projeto sobre o ‘Choro’ na Câmara vira ironia
De forma remota, Leonel de Esquerda saiu em defesa da colega, fazendo um trocadilho com o projeto aprovado nesta curta sessão de quarta-feira, tornando o estilo musical “Choro” como patrimônio imaterial da cidade.
“Acabamos de aprovar como patrimônio imaterial da nossa cidade, o Choro. E o que eu quero dizer para os vereadores de extrema-direita, que o choro é livre. Porque Bolsonaro vai ser preso”, ironizou.
A sessão foi interrompida pouco depois das 15h, por falta de quórum, e será retomada somente na quinta-feira (27).
O quê que um político tem a ver com o Airbnb?
Ser notícias?
Que ridículo.
Quem aluga confia na plataforma. (Anfitrião e hóspede).
Estou achando que são os donos de hotéis que estão patrocinando essa palhaçada.
Se a casa é minha, tenho direito de botar dentro, quem eu quiser. Para isso já pago impostos – IPTU, Condomínio, seguro, etc.
Estou ansioso para que o Bolsonaro seja preso enquanto o Lula esteja presidente. Não terá nada mais evidente que no Brasil tudo é invertido. Se vc rouba uma nação, vc vira presidente, mas se vc respeita as leis da constituição, vc vai preso. Não entendo como podem ter pessoas que ainda defendem tal situação.