O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (Republicanos) reagiu de forma veemente à desistência do atual mandachuva do Palácio Guanabara, Cláudio Castro (PL), em processá-lo. Bélico como sempre, Garotinho disse que a versão de que a Justiça teria tentado intimá-lo em diversos endereços diferentes é “fantasiosa”.
Afirmou ainda que provaria em juízo, com testemunhas, suposto superfaturamento na compra de quentinhas pela Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap).
“Na verdade, ele desistiu do processo porque pedi para provar em juízo, com testemunhas, o superfaturamento das quentinhas na Seap. Só tinha dois endereços: minha casa, onde nasci em Campos, e o apartamento que aluguei no Catete, mas que o contrato terminou em dezembro”, disse.
Já o advogado Rafael Faria, que representa o ex-governador, adotou um tom mais sereno. Afirmou que receberam com respeito a decisão de Castro de desistir da ação e que, desde o início, acreditaram “no diálogo como melhor caminho para o debate democrático”.
“Seguimos confiantes na liberdade de expressão e na possibilidade de convergência em prol do interesse público. Há 10 anos defendo que as declarações do ex-governador, que é jornalista, radialista e historiador político, são amparadas pela liberdade de expressão e pelo direito à crítica política”, disse.
Por fim, afirmou que a desistência “reforça nossa posição e encerra um episódio que jamais deveria ter sido judicializado”.
Treta Castro x Garotinho
Cláudio Castro desistiu da queixa-crime que abriu contra Garotinho em fevereiro de 2024 — e pediu o arquivamento do processo.
O governador e a primeira-dama, Analine Castro, processaram Garotinho por calúnia, injúria e difamação, depois que ele publicou no Instagram uma foto do casal, criticando o governador.
Na postagem, o político campista sugeriu que a troca de comando da Polícia Civil realizada por Castro em 2023 seria resultado de uma chantagem — e que Analine seria a nova “rainha das quentinhas” da Secretaria estadual de Administração Penitenciária.