Com os olhos voltados para 2026, o prefeito Eduardo Paes (PSD) anda focado em estender a conversa para todos os lados. Todos, mesmo. Na posse do novo presidente do Tribunal de Justiça, Ricardo Couto, nesta sexta-feira (07), o prefeito puxou assunto com o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União Brasil) — o seu mais provável adversário na disputa pelo governo do estado. A conversa entre os dois foi o segundo tema mais comentado do evento. O primeiro foi a posse, claro.
“Fui eu quem fez as pazes entre os dois”, disse a um grupo de políticos, todo orgulhoso, o desembargador Ricardo Cardozo, que deixou a presidência depois de dois anos no cargo.
As pazes, mas nem tanto. A conversa não pareceu, para quem viu, mais que civilizada. E já era um avanço. Logo depois da eleição de outubro, Paes acusou Bacellar, numa entrevista, de “ameaças e extorsões” em suas relações com o governador Cláudio Castro (PL).
Em resposta, foi chamado de “vagabundo” no plenário da Alerj.
Paes tem buscado interlocutores no interior
Na última terça-feira (04), Paes chegou a convidar o prefeito de Campos de Goytacazes, Wladimir Garotinho (PP), para ser o seu vice em 2026. Wladimir desconversou. Na busca de espaço no interior do estado, o líder do PSD no Rio também tem procurado outros prefeitos do interior — pois sabe que vai precisar deles se quiser sonhar com a disputa pelo governo do estado.
Novo presidente promete mais tecnologia
Depois da posse, Couto disse que o Tribunal de Justiça será mais aberto à população. E, para ajudar no projeto, vai investir em tecnologia.
“Vamos atuar efetivamente para que o Judiciário seja de todos e para todos. Já estamos investindo em tecnologia”, disse o desembargador.