Uma ação da Polícia Civil gerou tiroteio e deixou quatro baleados na região de Manguinhos, na manhã desta quarta-feira (8). A segunda fase da “Operação Torniquete”, tem como objetivo reprimir roubos, furtos e receptação de cargas e de veículos.
A ação foi efetuada por policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), em conjunto com a 21ª DP (Bonsucesso) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Segundo a Polícia Civil, os agentes foram atacados pelos criminosos na chegada ao complexo, e houve confronto. Um dos gerentes do tráfico de drogas no Mandela foi morto e um segundo criminoso foi ferido, sendo levado para o Hospital Souza Aguiar.
Outros dois suspeitos foram baleados próximo ao rio que corta a localidade, e os corpos submergiram. Ainda não há confirmação de morte, e mergulhadores atuam no resgate. Além destes, um homem foi preso, em cumprimento a um mandado em aberto.
Segundo a Polícia, entre as apreensões, estão dois fuzis, duas pistolas, 4.730 unidades de lança-perfume, nove galões com lança-perfume, 2.650 pinos de cocaína, 390 pedras de crack, 110 papelotes de maconha, 31 tabletes de maconha e 40 papelotes de skunk.
Funcionária da Fiocruz é ferida em tiroteio
Segundo a Polícia, diante de informações de que bandidos teriam acessado o campus da Fiocruz, as agentes se deslocaram ao interior da instituição, e houve confronto. Uma funcionária foi ferida por estilhaços de vidro, quando um tiro atingiu uma janela da instituição. A Fiocruz diz que os agentes da Polícia Civil entraram sem qualquer comunicação prévia ou autorização no campus, colocando trabalhadores e alunos da Fiocruz em risco.
“Agentes entraram descaracterizados e sem autorização no campus da Fiocruz (campus Manguinhos-Maré) para o que seria uma incursão na comunidade de Varginha. Um projétil atingiu o vidro da sala de Automação, de Bio-Manguinhos, fábrica de vacinas da Fiocruz, e uma trabalhadora recebeu atendimento médico por conta dos estilhaços.
Um supervisor da empresa que presta serviços para a Gestão de Vigilância e Segurança Patrimonial da Fiocruz foi levado pelos policiais de forma arbitrária para a delegacia, algemado. O vigilante fazia o trabalho de desocupação e interdição da área como medida de segurança para os trabalhadores, alunos e demais frequentadores do campus, no momento da incursão policial, e foi acusado de dar cobertura a supostos criminosos que estariam em fuga” diz trechos da nota da Fiocruz.
Já a Polícia diz que dois funcionários terceirizados que prestam serviço para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estão prestando depoimento.
“Inicialmente, foi constatada uma situação flagrancial que está sendo analisada na delegacia. A investigação que se inicia a partir disso vai apontar se houve colaboração espontânea com o tráfico de drogas, uma vez que imagens mostram um veículo a serviço da instituição auxiliando na fuga de criminosos” diz a nota da Polícia.
Ainda durante a operação, criminosos de Manguinhos, buscando escapar para o Jacarezinho, atacaram uma viatura em frente à Cidade da Polícia. Os disparos atingiram uma moradora que passava pelo local. Eles lançaram um artefato explosivo nas proximidades. O Esquadrão Antibomba da Core foi acionado e realizou a detonação do explosivo, que está sendo analisado.