O PL, partido do governador Cláudio Castro e dono da maior bancada da Assembleia Legislativa (16 deputados!), quer aumentar sua participação no governo do estado. Na freada de arrumação marcada para depois do G20, busca garantir um espaço que seja compatível com o tamanho da legenda.
A investida não será à toa. A legenda tem certeza de que está sendo desvalorizada. Com todo o seu poderio (confirmado, inclusive, nas últimas eleições municipais), indicou os comandantes de apenas quatro secretarias — das Cidades, Ciência e Tecnologia, Agricultura e Defesa do Consumidor.
Já o União Brasil, partido do presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar, aliado de primeiríssima hora de Castro — que tem oito parlamentares na Alerj — é apontado, pela política do Rio, como a origem de cinco secretários (de Governo, Educação, Desenvolvimento Econômico, Envelhecimento Saudável e Habitação). E, ainda, dos poderosos presidentes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), do Detran e do Rio Previdência.
Cinco partidos dividem o restante
O Solidariedade, com três deputados, comanda a Cultura, o Ambiente e o IPEM. O MDB, com a sua modesta bancada de dois, as poderosas secretarias de Transportes e de Esportes.
Com três deputados, o Republicanos administra a pasta de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. O Podemos e seus dois parlamentares na Alerj indicaram o secretário de Trabalho e Renda. O Avante, que só tem Jorge Felippe Neto como representante no Largo da Carioca, está com o Instituto de Terras e Cartografia do Estado (Iterj).
Essa é a geografia do poder no bairro das Laranjeiras.
Mas, como no velho jogo de tabuleiro War, os exércitos estão distribuídos e os dados vão rolar. Resta saber quem vai conquistar (e quem vai perder) mais territórios no fim de 2024.