O deputado estadual Dionísio Lins (PP), citado nominalmente por Cláudio Castro (PL) como um dos parlamentares de sua base que estão fazendo campanha por Eduardo Paes (PSD), divulgou nota em que reafirma sua posição de proximidade com o governador, mas lembra que “todos têm o direito de votar democraticamente”.
Irritado com os recentes ataques de Paes ao seu governo, Castro anunciou que vai exonerar todos os indicados pelos infiéis. E cumpriu em parte a ameaça, já demitindo o secretário de Energia e Economia do Mar, Felipe Peixoto (PSD), e mais 12 indicados por Filipe Pereira, presidente do Podemos — partido que integra a coligação do prefeito.
Dionísio e sua mulher, a vereadora candidata à reeleição Vera Lins (PP), têm feito, abertamente, campanha para Paes. Recentemente, receberam o prefeito numa agenda em Madureira. Vera, inclusive, postou nas redes sociais um card em que aparecem os três, ela, Dionísio e Paes.
A família Lins têm cargos nos dois governos. No estado, comanda o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem). Na Prefeitura do Rio, indicou o superintendente executivo da Fiscalização de Táxi e de Transporte Individual de Passageiros, o coronel da Polícia Militar Lúcio Flávio Baracho de Sousa.
O mais curioso na treta é que Dionísio não deveria estar dividido entre Paes e Ramagem. O partido dele, o PP, tem como candidato o deputado federal Marcelo Queiroz.
A nota divulgada por Dionísio
Veja a íntegra da nota:
“Diante da situação política divulgada, o deputado Dionísio Lins, vice-líder do governo do estado, deixa claro que o governador Cláudio Castro jamais teve um viés de perseguição.
“Ele não utiliza dessa prerrogativa, pelo contrário; apesar de já ter declarado voto no Ramagem, ele não obrigou ninguém de sua base de acompanhá-lo em sua posição. Todos têm o direito de votar democraticamente; disso tenho absoluta certeza”.
“Mas deixo claro que nesta guerra institucional entre prefeito e governo, estou como sempre estive ao lado do governador Cláudio Castro”, afirmou.