ATUALIZAÇÃO 02/08 às 14h18 para inclusão de nota de Fátima Pacheco
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou a prefeita de Quissamã, no Norte Fluminense, Maria de Fátima Pacheco, por corrupção passiva. A Procuradoria Regional da República da 2ª Região acusa a mandatária de ter obtido pelo menos R$ 120 mil em vantagens na contratação da montagem de um hospital de campanha para tratar pacientes da covid-19.
O chefe de gabinete da prefeita, Luciano de Almeida Lourenço, também foi denunciado. O processo agora corre no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). Segundo o MPF, ocontrato emergencial para a realização dos serviços era de aproximadamente R$ 2,2 milhões com a empresa ABM Saúde.
O representante da ABM, André Luis Ribeiro Borges, também aparece entre os denunciados. Segundo o MPF, o pagamento da propina seria referente a uma dívida que Maria de Fátima e Luciano Lourenço teriam com um empresário da região. Todavia, o ilícito não teria ido adiante “por circunstâncias alheias às vontades dos denunciados”.
Fátima Pacheco afirmou que, em relação à demanda judicial recentemente proposta pelo Ministério Público Federal, ainda não foi formalmente citada na referida ação. Neste momento, a prefeita está acompanhando o desenvolvimento do processo e apresentará sua defesa na ocasião oportuna, onde demonstrará sua total inocência.
Pacheco ressaltou ainda que não há qualquer pedido liminar de afastamento do cargo público, e que continua a exercer suas funções com o mesmo compromisso e dedicação. Por fim, a prefeita disse que reafirma seu compromisso com a transparência e com a administração pública e está à disposição para fornecer quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários.
Não foi possível localizar a defesa de André Luis, o espaço permanece aberto.