ATUALIZAÇÃO 03/07 às 14h50 para inclusão de resposta da Prefeitura de Niterói
O antigo prédio do jornal O Fluminense, no Centro de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, voltou a ser alvo de vandalismo, no último final de semana. Em 2022, a Prefeitura de Niterói alugou o edifício, num contrato de cinco anos, por quase R$ 70 mil por mês, mas jamais o utilizou.
Vândalos picharam o muro de tijolos que foi erguido para lacrar a portaria principal do prédio, na Rua Visconde de Itaboraí. No começo de junho, usuários de drogas em situação de rua incendiaram parte da fachada. Desde 2020 o local está inutilizado e os proprietários fecharam a entrada principal para evitar depredações e invasões.
A locação do edifício para a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Administração, foi públicada em agosto de 2022 no Diário Oficial do Município. O valor do aluguel na ocasião era de R$ 69,5 mil mensais, com 60 meses de duração, ou seja, cinco anos.
A locadora do imóvel é a empresa AFT Planejamento e Administração, que pertence à família Torres Amóra, antiga dona do jornal, mas que manteve a propriedade do edifício após vender o periódico a empresários da Baixada Fluminense, em 2019.
O governo municipal tinha a intenção de levar ao edifício diferentes secretarias e órgãos municipais, mas isto não se concretizou. A Secretaria Municipal de Administração, responsável pela locação, continua funcionando na sede da Prefeitura, na Rua Visconde de Sepetiba, também no Centro.
Já O Fluminense foi vendido pela família Torres Amóra no primeiro trimestre de 2019. Os novos donos do jornal permaneceram usando o edifício até abril de 2020, pagando aluguel. Em crise financeira, o jornal deixou o imóvel tão logo foi decretada a pandemia da Covid-19 e perambulou por diversos endereços até fechar de vez sua redação, em 2021, passando a atuar em home office.
O Fluminense é um dos jornais mais importantes do estado, em circulação desde 1878. Além do periódico, o prédio também abrigou a rádio Fluminense FM, mais conhecida como “Maldita”. A história da emissora é contada pelo filme “Aumenta que é Rock ‘n Roll”, em cartaz nos cinemas.
A Prefeitura de Niterói procurou o TEMPO REAL e informou que não chegou a tomar posse do prédio do jornal O Fluminense devido a problemas na parte elétrica do edifício. A Prefeitura disse ainda que não efetuou pagamentos pelo aluguel e não tem mais interesse em locar o imóvel.
Lamentável,a morte de um grande jornal e pior ainda o descaso da prefeitura com o prédio.
Com a palavra,o atual prefeito de Niterói !!!!!