O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia do Rio se reúne, nesta quinta-feira (20), para votar o relatório de Vinicius Cozzolino (União) sobre o caso Lucinha (PSD) — a parlamentar denunciada pelo Ministério Público, na última segunda-feira (19), como integrante da maior milícia do Rio, conhecida como “Bonde do Zinho”.
O relator não antecipou seu voto.
Mas, na casa, é pule de dez que a maioria do colegiado — formado por sete deputados — está disposta a aprovar o arquivamento da denúncia. Apenas os votos de Martha Rocha (PDT) e de Dani Monteiro (PSOL), são dados como garantidos pela cassação.
O argumento dos que preferem não levar o caso adiante seria o fato de o atual processo discutir apenas os indícios que levaram à busca e apreensão nos endereços da deputada, em dezembro do ano passado — e que, na ocasião, não teria sido apresentada prova contundente contra a deputada.
Não estão na mesa dados novos que constem, por exemplo, da denúncia apresentada à Justiça no início da semana. De acordo com deputados que preferem o arquivamento, se houver qualquer novidade do caso, um novo processo ético-disciplinar pode ser instalado a qualquer momento.
Com um detalhe: se a maioria for pelo arquivamento, a decisão nem precisaria ser levada a plenário.
Desfalque
Para complicar a situação, a turma do conselho foi informada, ontem, que Jorge Felippe Neto (Avante), titular do colegiado, está fora do Rio e não participará da reunião.
Há quem afirme que a falta do deputado pode levar a defesa de Lucinha a pedir o adiamento da votação. A alegação seria de cerceamento de defesa. Jorge Felippe participou de toda a instrução do processo e não poderia ser substiituído por um suplente, na hora da votação, sem prejuízo para a acusada.