Depois de mais de três horas de audiência especial, nesta quinta-feira (25), a juíza Regina Lúcia Chucker de Almeida Costa de Castro Lima, da 6ª Vara de Fazenda Pública da Capital, manteve a liminar que proíbe o início das obras de remodelamento do Jardim de Alah, entre o Leblon e Ipanema, na Zona Sul do Rio.
Com a decisão, a Rio Mais Verde Empreendimentos, a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPAR) e a Accioly Participações não podem dar início às obras — sob pena de fixação de multa diária, em caso de descumprimento — até que o projeto final seja apresentado.
O embargo foi pedido pelo Ministério Público do Estado (MP-RJ), em ação civil pública ajuizada pela 1ª Promotoria de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural. Por sugestão do MP, o projeto final também será avaliado por um perito técnico da Justiça do Rio.
Enquanto isso, os construtores podem manter no local os containers já instalados, assim como podem continuar colocando os tapumes, mas só ao redor da área hoje ocupada pela Comlurb.
A presidente da Associação de Moradores do Jardim de Alah, Karin Morton, festejou a decisão.
“Foi muito pertinente, porque não há como avaliar o que vai acontecer ali sem ver projeto final. O próprio arquiteto admitiu que a ideia é suprimir totalmente a Praça Grécia, por exemplo”, disse Karin.
Esperamos que as obras possam começar em breve. Manter o atual estado de abandono seria um absurdo. O parque deveria atender à imensa maioria da comunidade carioca e turistas. No entanto, hoje ele serve apenas para:
– Terreiro para cachorros fazerem suas necessidades;
– Estacionamento (não só de carros), em parte ilegal;
– Abrigo para usuários de crack;
– Manter a vista livre para alguns poucos privilegiados.
Vamos pensar grande! Por que tudo ou nada? Por que os opositores não se sentam à mesa redonda e encontram um meio-termo com os empreendedores?
Seria para o bem da comunidade, de TODOS, do Rio de Janeiro.
Achar que a solução para o abandono do Jardim mais lindo da cidade é a construção de um shopping é um absurdo. Acham também que é solução para os problemas sociais.
Na real é uma aberração pois a área é tombada além de tantos outros erros.
E o valor da área é inestimável! Não há razão para essa concessão.
Existem muitas soluções para a recuperação do Jardim. Em nenhum lugar do mundo se destrói um parque para dar lugar a um shopping.
Fazer projetos pensando em atender turista e o que há de decadente. Viver de ziriguidum. Produzir nada de valor.