A máquina de cigarros de cinco toneladas e seis metros e comprimento que foi furtada de dentro da Cidade da Polícia saiu do complexo da Polícia Civil escoltada por uma viatura da DRFC até a cidade de Cuiabá, capital do Mato Grosso. A máquina continua desaparecida.
As investigações da Corregedoria da corporação apontaram ainda que um dos suspeitos de participar do furto é o policial civil Juan Felipe Alves da Silva, que já está preso por suposto envolvimento em outro caso bizarro: ter apreendido uma carga de 16 toneladas de maconha e negociado com traficantes. O caminhão com a droga também saiu escoltado da Cidade da Polícia.
Nesta segunda-feira (01), a Corregedoria cumpriu mandados de busca e apreensão contra Juan e contra o policial militar Laércio Gonçalves de Souza Filho, que teria transferido R$ 306 mil para conta de Juan após o furto da máquina de cigarros. O empresário do ramo de transportes Silvano do Nascimento Moreira também foi alvo da operação.
De acordo com as investigações, Juan tinha a chave do depósito onde a máquina estava guardada. Ele era chefe do setor de investigação da Delegacia de Roubo e Furto de Cargas (DRFC). Ele nega ter sido responsável pelo galpão.
Relembre o roubo da carga de maconha
Juan, outros três policiais e um advogado foram presos em outubro do ano passado, durante a Operação Drake, suspeitos de corrupção e tráfico de 16 toneladas de maconha e corrupção.
Em agosto, duas viaturas ostensivas da DRFC tinham abordado um caminhão, que veio de Mato Grosso do Sul, carregado com 16 toneladas de maconha. Após escoltarem o veículo até a Cidade da Polícia, os agentes negociaram, por meio de um advogado, a liberação da droga e a soltura do motorista, mediante ao pagamento de propina.
Em seguida, três viaturas da especializada escoltaram o caminhão até os acessos de Manguinhos, na Zona Norte do Rio. No local, a carga de maconha foi descarregada pelos criminosos.