Uma máquina de produzir cigarros de seis metros de comprimento e pesando cinco toneladas desapareceu de um galpão do depósito da Cidade da Polícia, Zona Norte do Rio.
O equipamento havia sido apreendido em julho de 2022, numa operação do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro; contra criminosos que mantinham 23 paraguaios e um brasileiro em situação análoga à escravidão numa fábrica de cigarros, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Na Cidade da Polícia estão reunidas 15 delegacias especializadas, onde trabalham mais de três mil policiais. O furto aconteceu na Delegacia de Roubos e Furtos de Carga, em um galpão onde são armazenados bens apreendidos. Em outubro do ano passado, essa foi alvo de uma operação do Ministério Público, que investigava quatro policiais civis que teriam aceitado propina para extraviar um caminhão que continha 16 toneladas de maconha.
A máquina, modelo MK8 PA7 teria sumido em 17 fevereiro de 2023 – véspera de carnaval e uma semana após ser leiloada por determinação da 3ª Vara do Trabalho de Caxias.
O desaparecimento só foi revelado quatro meses mais tarde, em junho, após um oficial de justiça, junto ao representante da empresa Indústria Amazônica de Cigarros Ltda., que adquiriu o equipamento no leilão (no valor de R$ 500 mil), irem ao local para analisar as condições de seu funcionamento.
Somente em novembro que a Corregedoria de Polícia Civil instaurou o inquérito para a investigação do sumiço. Acredita-se que o autor do furto seja alguém com acesso ao depósito, que é trancado e com acesso restrito. Concluiu-se também que foi utilizado um caminhão do tipo Munck, com carroceria e um equipamento similar a um guindaste, para içar peças pesadas, como a máquina furtada.
Todos os policiais que estavam de plantão no carnaval do ano passado foram ouvidos pelos investigadores.
Com informações do RJTV2