A deputada petista Marina do MST, que está no seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa, está seguindo a cartilha de sucesso parlamentar do amigo e ex-deputado Marcelo Freixo, hoje presidente da Embratur e seu colega de partido.
Freixo se destacou politicamente presidindo a CPI das Milícias logo em seu primeiro mandato, mesmo numa Assembleia comandada pelo opositor e então todo-poderoso Jorge Picciani.
Freixo teve habilidade política incomum a iniciantes numa época em que a Casa era comandada com mão de ferro pelo polêmico presidente, então homem-forte do PMDB no Rio.
Marina busca o mesmo caminho, que chama de “republicanismo democrático”. Deu de ombros aos críticos e esteve ontem na filiação de Rodrigo Bacellar ao União Brasil. Abraçou o presidente e desejou sucesso na nova empreitada.
Vale lembrar que Bacellar foi um dos primeiros a declarar publicamente solidariedade a Marina, em agosto passado, quando a deputada foi agredida por bolsonaristas numa visita a Nova Friburgo, na Região Serrana.
O presidente da Alerj também apoiou a Sem Terra num dos projetos de lei mais emblemáticos no primeiro ano de mandato da deputada: o tombamento da sede da Usina Cambahyba, em Campos, para a criação de um memorial em homenagens aos cidadãos que foram mortos nos fornos da usina, entre eles o estudante Fernando Santa Cruz, pai do ex-presidente da OAB e atual secretário de governo de Eduardo Paes, Felipe Santa Cruz.
Marina, para quem não se lembra, usou do prestígio junto ao governo federal para a desapropriação de uma área equivalente a 1.300 Maracanãs, em agosto do ano passado, na mesma Cambahyba, onde o Incra assentará 180 famílias no novo programa de reforma agrária do governo federal.
O objetivo de Marina agora é intermediar um encontro de várias categorias de servidores estaduais com Bacellar.
Muito interessante esse prestígio do Bacellar, logo ele que hospedou o Sérgio Cabral em sua mansão em Teresópolis. E na política de Campos, nomeou como seu assessor atual o ex-prefeito Rafael Diniz, que saiu do governo sem pagar o décimo terceiro dos servidores e teve as contas condenadas pelo TCE.