Depois da megaoperação Contenção nos Complexos do Alemão e da Penha, o secretário e comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcelo Menezes, está todo pimpão — tocando a sua pré-candidatura a deputado.
Por não esconder suas pretensões, Menezes foi alvo, durante um bom tempo, dos bélicos governistas da Alerj. Pressionado, chegou a adotar uma postura mais discreta. Mas, depois que a operação conquistou sólida aprovação popular, aposta que os parlamentares estejam constrangidos em criticá-lo.
O moço anda tão feliz que planeja uma festança para a tropa — nos moldes da que parou Sulacap, em outubro, com distribuição de presentes e show de Belo. Só a apresentação do cantor custou R$ 450 mil. A ideia agora é fazer uma comemoração de Natal para a corporação — embora a situação financeira do estado tenha piorado e o governador Cláudio Castro (PL), pedido moderação.
Menezes ainda está a salvo das críticas, mas a turma está só observando
A turma da Assembleia Legislativa pode não ter começado a atirar, mas já voltou a mira — mais uma vez — para o comandante.
Já notou que Menezes tem chegado às agendas oficiais acompanhado de uma nova equipe de assessores, encarregada de movimentar sua rede social — que, turbinada, já cresceu de um número pífio de seguidores para 275 mil. Só no Instagram.
Foto indigesta à mesa com rivais de Castro
Para piorar o clima com a turma mais à direita, na comemoração dos 130 anos do Flamengo, na última segunda-feira (17), Menezes na mesa ocupada por integrantes do núcleo de… Eduardo Paes (PSD).
Do lado, por exemplo, estava o secretário municipal de Esportes, Guilherme Schleder., um dos mais antigos e fiéis escudeiros do prefeito do Rio.
Tudo registrado em foto.
Inclusive o fato de estar na mesa, também, um dos principais algozes do governo estadual, o deputado estadual Luiz Paulo — também do PSD de Paes.
A foto provocou indigestão até no núcleo político de Castro.

