A Câmara do Rio recebeu, nesta terça-feira (18), o “Lance! Talks”, evento que trouxe painéis para debater o presente e o futuro dos esportes na capital fluminense. O segundo painel do dia, intitulado “Nossa arena é a praia”, reuniu a medalhista de prata no vôlei de praia Ágatha Bednarczuk.
Também participaram do debate Luiz Paulo Moura, sócio-diretor da SportLab (Areia Games), e o vereador Fernando Armelau (PL), que tem o esporte como uma das prioridades de seu mandato. A mediação ficou a cargo do jornalista do Lance, Thiago Fernandes.
Durante sua participação, Moura destacou a importância das parcerias público-privadas para a realização de grandes eventos na areia. Ele explicou que a economia ligada à praia movimenta, anualmente, entre R$ 4 e R$ 5 bilhões, o equivalente a quase 1,5% do PIB do Rio.
“É super importante que, para que as coisas aconteçam com ordem, organização e segurança, o setor público seja envolvido. E nós, que somos as empresas, fazemos exatamente a tradução das necessidades públicas em oportunidades de negócios para as empresas privadas”, destacou.
Armelau, autor de um projeto de lei que cria um portal de transparência para dar visibilidade à arrecadação de ISS em grandes eventos da cidade, reforçou a importância da transparência. Ele destacou ainda que o portal irá permitir enxergar o retorno financeiro real que os grandes eventos trazem.
“Quando a gente visualiza, com clareza, o valor que o município arrecada de ISS por causa dos grandes eventos e os impactos dessa movimentação em serviços como a hotelaria, transporte e comércio, fica evidente que o poder público não está apenas apoiando um evento, mas investindo na cidade”, disse.
O parlamentar também comentou a importância do esporte em sua trajetória. Casado com a deputada estadual Índia Armelau (PL), ex-nadadora profissional e campeã de natação pelo Vasco, o vereador é empresário e defendeu a necessidade de um calendário antecipado de eventos para melhorar o ordenamento urbano.
“Uma coisa fundamental para corroborar com o ordenamento é o calendário. A falta de previsibilidade é ruim para todo mundo: tanto para o poder público, que precisa se organizar em termos de mobilidade e segurança, quanto para comerciantes e a rede hoteleira”, afirmou.
Por outro lado, a ex-jogadora de vôlei de praia, Ágatha, também ressaltou a experiência de competir nas praias cariocas. Ela é curitibana mas já mora no Rio há 20 anos.
“A experiência de jogar na orla carioca é maravilhosa, porque nossa orla é linda, não apenas Copacabana, mas toda ela. A gente precisa aproveitar esse cenário, essa cidade maravilhosa. Precisamos usar esse cartão-postal para trazer eventos pequenos, médios e grandes”, considerou.

