Policiais federais investigam no Rio, nesta quinta-feira (13), um esquema de fraudes que desviou cerca de R$ 7 milhões através de saques indevidos do FGTS de jogadores de futebol. Atletas em atividade, aposentados e treinadores estão entre as vítimas.
Ao longo da manhã, agentes cumprem mandados de busca e apreensão em três imóveis de funcionários da Caixa Econômica Federal – na Tijuca, em Ramos e Deodoro – e em uma agência do banco no Centro. A investigação aponta que uma advogada, acusada de chefiar o grupo, usava contatos em agências da Caixa para levantar os dados do FGTS das vítimas.
Os bancários investigados nesta etapa da ação são acusados de desviar benefícios dos jogadores Titi, do Goiás; Raniel, ex-Vasco; Ramires, ex-Cruzeiro; o peruano Cueva, ex-Santos e o equatoriano João Rojas, ex-São Paulo.
Esquema deixou prejuízo de R$ 2,2 milhões na conta do FGTS de Paolo Guerrero
As ações desta quinta (13) fazem parte da terceira fase da Operação Fake Agents. A investigação começou no ano passado, após um banco privado comunicar fraudes com documentos falsos na conta do jogador peruano Paolo Guerrero, que jogou no Corinthians e no Flamengo. Ele sofreu prejuízo de R$ 2,2 milhões.
Os investigados poderão responder por falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa. A advogada apontada como responsável pelo esquema é Joana Costa Prado Oliveira. Ela já foi identificada pela PF e está impedida de exercer a advocacia por determinação do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-RJ.
A ação acontece em parceria com a Área de Inteligência e Segurança da Caixa.

