A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira (30), quatro suspeitos de envolvimento em uma quadrilha que cometia fraudes para desviar pensões e benefícios de aposentadoria de servidores já falecidos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em três anos, eles movimentaram cerca de R$ 22 milhões.
Segundo as investigações, há indícios de que o esquema era associado a uma das principais facções criminosas do Rio. A PF não informou qual é a facção, mas apurou que o dinheiro desviado pode ter sido transferido para a cúpula do grupo.
A quadrilha responsável pelas fraudes aplicava também golpes bancários e usava empresas de fachada para disfarçar a movimentação financeira. Eles usavam documentos falsos para se passarem por familiares de ex-professores e outros servidores, de acordo com a PF.
Grupo pode ter deixado prejuízo de R$ 1,2 milhão para a UFRJ
Além dos funcionários já falecidos, pensionistas que estão vivos e ainda recebem benefícios da UFRJ também foram vítimas do esquema, apontam as investigações. O caso chegou à PF através de um servidor aposentado, que prestou queixa após descobrir que alguém se passava por um filho seu para dividir a pensão.
A estimativa da PF indica que o esquema causou um prejuízo de R$ 1,2 milhão para a UFRJ. Os policiais não descartam a hipótese de que outros órgãos públicos tenham sido vítimas da quadrilha.
Os suspeitos foram presos na Barra da Tijuca, em Inhoaíba, em Nilópolis e no município de Mogi das Cruzes, em São Paulo. Eles vão responder por falsificação de documento público, estelionato, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Além deles, os policiais ainda cumprem um outro mandado de prisão preventiva e 23 mandados de busca e apreensão.

