Um intenso tiroteio recomeçou, no início da noite desta terça-feira (28), no Complexo do Alemão. A reação dos criminosos é uma resposta à megaoperação realizada desde a manhã, pelas polícias Civil e Militar, considerada a mais letal da história, que mobilizou 2,5 mil agentes e já registra 64 mortes, sendo quatro policiais, 81 prisões e 93 fuzis apreendidos.
Ao longo do dia, as principais vias do Rio foram fechadas, com barricadas montadas pelos bandidos, que utilizaram mais de 70 ônibus para bloquear vias expressas como a Linha Amarela, a avenida Brasil e a BR-101 sentido Itaboraí. Todo o efetivo da PM foi colocado de prontidão para auxiliar no desbloqueio das ruas
Após dizer que “não teve ajuda” do governo federal, Claudio castro diz que houve “leitura errada” da sua fala
Mais cedo, durante entrevista coletiva, o governador do estado, Cláudio Castro (PL) chegou a dizer que o Rio estava “sozinho” na luta contra o crime, que “pediu e não recebeu ajuda” do governo federal. Depois, afirmou que houve uma leitura errada de sua fala e que toda ajuda do governo federal é bem-vinda. A declaração foi feita momentos antes de o tiroteio recomeçar nos complexos do Alemão de da Penha.
Castro ligou para a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), para dizer que em nenhum momento teve a intenção de criticar o presidente Lula (PT).
“Houve uma leitura da minha fala. Temos tido um bom diálogo com a ministra Gleisi, assim como com o ministro (da Casa Civil) Rui Costa, que me ligou, se colocando à disposição. Ficamos de nos falar ao fim da noite, mais uma vez, para entender os passos de amanhã. Eu não acredito que segurança se faz politizando. Então, qualquer ajuda que o governo federal quiser dar dentro do que a gente necessita, será bem-vinda. Eu vou ter uma outra reunião antes de falar com eles, com o nosso secretário da área de segurança, para entender quais são os passos de amanhã. Hoje, a noite não tem fim aqui no Palácio Guanabara”, declarou o governador.
Ele também pediu a transferência de dez líderes de fações criminosas para presídios federais.
(com informações do RJTV2)

