O Partido dos Trabalhadores vai entrar com dois processos contra o deputado estadual e candidato a prefeito Rodrigo Amorim (União) pela agressão ao candidato a vereador Leonel de Esquerda (PT), em confusão na Tijuca, neste domingo (01). Uma ação será criminal, na Tribunal de Justiça, e a segunda vai pedir ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que cancele o registro de candidatura do deputado.
“Vamos também pedir que o TRE acelere a votação dos embargos no caso Benny Briolly. Ele já tem condenação por violência política de gênero, e conseguiu a suspensão da decisão por causa dos embargos. Então, vamos pedir que o tribunal vote logo o recurso para que ele passe a figurar como um candidato impugnado” afirmou João Maurício, presidente estadual do PT.
Entenda o caso
Leonel Quirino da Silva Neto, o Leonel de Esquerda, estava panfletando na Praça Varnhagen, na Tijuca, na manhã de domingo, enquanto o vereador Rogério Amorim (PL) fazia um adesivaço.
A confusão começou quando o deputado estadual Rodrigo Amorim, candidato a prefeito pelo União Brasil, seguiu para almoçar com a família e encontrar o irmão — e, no caminho, passou por Leonel. O petista começou a gravar imagens do deputado. Amorim chutou o celular, que voou, e quando o rapaz tentou pegar o aparelho, chutou mais uma vez. Antes que Leonel se recuperasse, um grupo de rapazes passou a agredi-lo. O petista está internado no Hospital Glória D’Or, com fraturas na face e no nariz.
“Ele (Leonel) sempre provoca, xinga e anda com o celular na mão, gravando as reações dos políticos. Não é a primeira vez. Hoje ele xingou minha mãe, que morreu há três anos e nem era da política. Estava com mais dois homens e parecia estar com um objeto na cintura, que poderia ser uma faca”, defendeu-se Amorim.
Rodrigo Amorim tem seu nome marcado por comemorar o assassinato de Marielle Franco. Tal qual Daniel Silveira e Gabriel Monteiro seu destino será a prisão. Não há lugar para selvagens no mundo civilizado tampouco na política.