O estado do Rio tem apenas um município entre os 20 com os melhores índices de saneamento básico do país: o destaque positivo fluminense ficou com Niterói, que aparece em 3º lugar no ranking nacional, atrás apenas de Campinas e Limeira, ambas no interior de São Paulo. O levantamento é do Ranking do Saneamento 2025, divulgado nesta terça-feira (15) pelo Instituto Trata Brasil.
Na outra ponta, o Rio aparece entre os líderes do ranking de pior tratamento de esgoto: empata com Pernambuco com quatro cidades na lista das 20 piores do Brasil — São João de Meriti, Duque de Caxias, Belford Roxo e São Gonçalo. Todas já figuravam entre os piores colocados no ano passado.
O levantamento tem como base dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) referentes ao ano de 2023.
Apesar de não aparecer no ranking, um destaque positivo do relatório foi o município de Campos dos Goytacazes. A cidade do Norte Fluminense lidera a variação positiva, foi da 47ª posição em 2024 para a 25ª em 2025. Além disso, o Rio foi uma das cinco capitais do país que apresentou ao menos 80% de tratamento de esgoto — ao lado de Curitiba (PR), Brasília (DF), Boa Vista (RR) e Salvador (BA).
Segundo o relatório, 16,9% da população brasileira ainda não têm acesso à água potável, e 44,8% vivem sem coleta de esgoto. A precariedade no saneamento impacta diretamente a saúde pública, a produtividade e a qualidade de vida, comprometendo o desenvolvimento socioeconômico das regiões afetadas.
Confira os rankings completos
20 Melhores Municípios no Ranking do Saneamento de 2025

20 Piores Municípios do Ranking do Saneamento de 2025

Os extremos
O Instituto apontou que os 20 melhores municípios apresentaram um investimento anual médio no período de 2019 a 2023 de R$ 176,39 por habitante, cerca de 20% abaixo do patamar médio necessário para a
universalização. No entanto, como muitos desses municípios já possuem indicadores em estágios mais avançados, os investimentos abaixo do indicado não compromete o atendimento.
Já os 20 piores municípios tiveram um investimento anual médio no período de 2019 a 2023 de R$ 78,40 por habitante, cerca de 65% abaixo do patamar médio necessário para a universalização, de R$223,82.
“No caso desses municípios, por terem indicadores muito atrasados e distantes da universalização, ter um investimento anual médio por habitante abaixo do significa que a tomada de decisão municipal em benefício do saneamento é urgente”, afirmou o texto.