Chefe da principal milícia da Zona Oeste do Rio, Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, foi transferido neste sábado (16) para uma penitenciária federal em Mato Grosso do Sul.
Ele e um dos comparsas, o miliciano Marcelo Luna da Silva, conhecido como Boquinha, foram transferidos para o presídio do estado do Centro-Oeste brasileiro em um forte esquema de segurança. Os dois estavam na Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino (Bangu 1), no Complexo de Gericinó, Zona Oeste.
A ação, realizada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio, envolveu 16 policiais penais e cinco viaturas, que escoltaram os milicianos de Bangu até o Aeroporto Santos Dumont. No local, eles foram entregues a cinco policiais penais federais responsáveis pela escolta dos presos até o Mato Grosso do Sul.
A decisão da transferência de Zinho e Boquinha é da 2ª Vara Criminal da Capital, a pedido da promotora de Justiça Simone Sibílio. Ela argumentou que, devido à alta periculosidade do miliciano e à importância dele no esclarecimento de crimes em diversos processos sigilosos, o criminoso precisa ir para uma cadeia de segurança máxima em outro estado.
Zinho se entregou à Polícia Federal na véspera do Natal do ano passado, após um acordo que ele fez com o delegado federal que o investigava, por intermédio da Secretaria de Segurança Pública. À época, havia, pelo menos, 12 mandados de prisão contra o miliciano expedidos pela Justiça.
O miliciano assumiu a liderança da organização criminosa que atuava em Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, na Zona Oeste, em 2021, dois meses após a morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, seu irmão e antigo líder do bando.