O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL), braço-direito do pastor Silas Malafaia no Legislativo, é o guardião do tesouro mais bem guardado da direita brasileira neste fim de semana: as pulseiras que darão acesso ao carro um — onde estará o ex-presidente Jair Bolsonaro — no ato deste domingo (21), em Copacabana.
A pressão (literalmente) por um lugar ao sol é tamanha que Sóstenes foi baixar no serviço médico da Câmara dos Deputados na última quarta-feira. A pressão arterial tinha batido 15 por 10.
O carro de som só tem 60 lugares. Sóstenes bem que tentou passar o abacaxi para Bruno Bonetti, o secretário-geral do PL no Rio. Mas o moço, que de bobo não tem nada, devolveu a tarefa. O PL, partido de Bolsonaro, aliás, nem pode participar da organização e do financiamento do evento.
Sóstenes tem todos os motivos para querer fugir da tarefa. Além de enfrentar a gigantesca procura pelas pulseiras, o próprio deputado sabe que mal vai conseguir participar do evento. No ato da Paulista, em São Paulo, em fevereiro, ele também foi o responsável por filtrar quem poderia subir no carro número um. E o trabalho foi tão grande, que Sóstenes quase não conseguiu subir no cobiçado palanque.
A quem pode ouvir, o moço avisa que foi a última vez: cuidar das pulseiras, nunca mais.