O governador Cláudio Castro (PL) demitiu, nesta quinta-feira (12), o policial penal Plínio Brum Almada, suspeito de ligação com a quadrilha “Povo de Israel”, que movimentou R$ 67 milhões com golpes realizados dentro de presídios no Rio. A publicação saiu no Diário Oficial do Estado (DOE).
Plínio foi preso em flagrante, no dia 15 de março de 2023, quando tentou entrar com drogas no Presídio Dalton Crespo. Na operação “13 Aldeias”, deflagrada em outubro, o policial foi afastado e indiciado por lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e organização criminosa.
De acordo com o Ministério Público do Estado (MPRJ), o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou transferências suspeitas de R$ 52 mil, feitas diretamente por investigados presos ou seus operadores financeiros, tendo Plínio como beneficiário.
Operação 13 aldeias
A Polícia Civil e o MPRJ realizaram, em outubro, a operação “13 Aldeias”, contra uma quadrilha que movimentou R$ 67 milhões com golpes realizados dentro de presídios no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio, e de outros pontos do estado. O grupo criminoso se intitula como “Povo de Israel”.
O Ministério Público solicitou o sequestro de bens no valor da movimentação apurada de 84 pessoas e empresas envolvidas no esquema. A gangue possui o surpreendente número de 18 mil integrantes, o que representa cerca de 42% dos sitema penitenciário.
Ainda segundo o MPRJ, a organização criminosa possui uma estrutura hierárquica bem delineada, com lideranças escalonadas e divisão de funções e tarefas. O principal golpe aplicado pelo grupo é o popular “falso sequestro”. Não foi possível localizar a defesa de Plínio. O espaço segue aberto.