Depois de um lançamento de candidatura recheado de estrelas (do PT ao PSD, passando por PSB e PDT), o deputado federal Dimas Gadelha foi perdendo parceiros ao longo da campanha à Prefeitura de São Gonçalo. Um dos principais motivos de desgaste foi a escolha da ex-prefeita Aparecida Panisset (PDT) como vice.
A ex-deputada estadual Graça Mattos, por exemplo, caminhava com Dimas — mas, tal e qual azeite e água, saiu quando Panisset entrou. As duas se enfrentaram nas urnas em 2004, disputando a prefeitura da cidade. Graça vinha em primeiro nas pesquisas — até que São Gonçalo, a cidade mais evangélica do país, amanheceu coberta de cartazes mostrando a moça, numa fotomontagem, vestida com trajes rituais de candomblé. Com a ajuda do esquema, precursor das fake news, Panisset virou o jogo e foi eleita.
Na época, disse que “perdeu a eleição, mas não a dignidade”.
Quaquá não foi a São Gonçalo ajudar na campanha de Dimas
Com Graça, saíram dez pastores. Não passaram a apoiar Capitão Nélson (PL), mas deixaram de pedir votos para Dimas. O mesmo aconteceu com o correligionário Washington Quaquá, colega de Câmara dos deputados e candidato a prefeito da vizinha Maricá. Antes eram os melhores amigos de infância. A campanha começou e Quaquá nem pôs os pés em são Gonçalo.
Outro motivo de afastamento de muitos colaboradores foi a escolha de Sandro Almeida, secretário municipal de Governo durante o governo do prefeito Neilton Mulim, como coordenador da campanha. Almeida também é vereador cassado e tem um irmão, André Russão, concorrendo ao mesmo cargo pelo PP, na coligação do prefeito e candidato à reeleição Capitão Nelson, do PL.