O delegado Marcos Buss, da 25ª DP (Engenho Novo), responsável pelo caso da morte do empresário Luiz Ormond, envenenado com um brigadeirão, afirma que a cigana Suyane Breschak é a mandante do crime. Ela está presa desde o fim de maio, suspeita de ter recebido os bens do empresário da psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, que se entregou à polícia na noite desta terça-feira (04).
A defesa de Suyane nega a acusação, mas o delegado aponta que há vários elementos indicando a mentoria da cigana, incluindo a “veneração” que Júlia nutria por ela, que seria a sua “mentora espiritual”.
Suspeita de matar Luiz é transferida para presídio
No fim da manhã desta quarta (05), Júlia foi transferida para o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio. Ela saiu algemada da 25ª DP e permaneceu de cabeça baixa, escondendo o rosto com o capuz do casaco.
Foragida desde o dia 28 de maio, ela se entregou na noite desta terça, no bairro de Santa Teresa, na Região Central do Rio, após 12 horas de negociações com as autoridades para sua rendição. Paralelamente, Carla Cathermol e Marino Leandro, mãe e padrasto da psicóloga, prestaram depoimento, em que afirmaram que a jovem teria confessado o crime a eles.
Júlia chegou à delegacia acompanhada do investigador Marcos Buss e de sua advogada Hortência Menezes. Em nota, a advogada não descarta a possibilidade de Júlia, ainda que psicóloga, possa sofrer com transtornos mentais. A defesa também destaca a hipótese da jovem ter sido influenciada por questões religiosas.