Criminosos incediaram um ônibus na Avenida Brasil, na altura de Realengo, Zona Oeste do Rio, na manhã desta segunda-feira (17). A Polícia Militar informou que a ação seria um contra-ataque à operação realizada na comunidade do Batan, também em Realengo, neste domingo (16). A ação deixou três suspeitos mortos.
A Brasil chegou a ficar interditada nos dois sentidos. O coletivo era da linha 770, que faz o trajeto entre Campo Grande e Coelho Neto. De acordo com a Rio Ônibus, este é o oitavo ônibus incendiado neste ano. Nos últimos 12 meses, o número desse tipo de ocorrência chega a 32.
Os bandidos arremesaram pedras contra os motoristas que passavam pelo trecho da Avenida Brasil onde o coletivo foi incendiado.
Bombeiros do quartel de Realengo foram acionados às 10h53, para a ocorrência do incêndio ao ônibus. Já os agentes do 14° BPM e do Batalhão Especial de Rondas e Controle de Multidões foram acionados para a liberação da via, que ocorreu parcialmente às 12h, com a retirada da carcaça do ônibus, e de forma total por volta das 12h40. O policiamento foi reforçado na região. Ninguém ficou ferido.
Este já é o segundo caso em menos de uma semana de ônibus incendiado por criminosos como forma de represália às operações da polícia: na última terça (11), bandidos do Complexo da Maré incendiaram um coletivo da linha 361, que faz o trajeto Recreio dos Bandeirantes x Castelo, na altura da Fiocruz, em Manguinhos, em resposta às mortes de dois suspeitos apontados como “seguranças do tráfico”. Por conta da violência, a Fundação decretou trabalho remoto para os funcionários no dia seguinte (12).
Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro, Sebastião José, as linhas que circulam pela Avenida Brasil têm sido evitadas pelos motoristas, que pedem transferências para outros itinerários. O sindicato precisou instalar um serviço de escuta psicológica para a classe por conta da exaustão dos profissionais com a violência urbana.
Em nota, a Rio Ônibus repudiou o episódio de violência desta segunda e reafirmou a necessidade de ações efetivas por parte das autoridades de segurança pública do Rio de Janeiro.