R$ 4,5 bilhões. Esse é o valor impressionante que o mercado informal movimenta anualmente na Região Metropolitana do Rio, segundo pesquisa do IFec RJ apresentada na última reunião do Conselho de Combate ao Mercado Ilegal da Fecomércio RJ, na última quarta (4).
Para efeito de comparação, esse montante supera, em cerca de R$ 1 bilhão, a soma de todas as datas comemorativas do comércio, como Natal, Black Friday e Dia das Mães.
O estudo, realizado com 981 consumidores, revelou que mais da metade dos entrevistados (55,2%) já compraram produtos do mercado informal pelo menos uma vez. E o consumo não é pequeno: o gasto médio mensal com esses itens é de R$ 129, movimentando cerca de R$ 376,7 milhões por mês.
Mas o peso na economia vai além das cifras. Para 67,9% dos consumidores, o mercado ilegal prejudica diretamente a economia do estado. E não só isso: 64% acreditam que ele contribui para o aumento da criminalidade e da violência.
O impacto também ressoa entre os empresários. Um levantamento anterior do IFec RJ mostrou que quase metade dos comerciantes do Centro (49,1%) apontam o roubo de cargas como um fator que afeta negativamente seus negócios. O dado é um salto preocupante em relação aos 42,1% registrados em 2023.
O que fazer? Os entrevistados sugerem soluções que vão do óbvio ao urgente: geração de empregos, redução da carga tributária, combate ao roubo de cargas e acesso à educação.
Para a Fecomércio RJ, os dados reforçam a urgência de ações coordenadas que envolvam tanto o poder público quanto a iniciativa privada para mitigar os danos causados pelo mercado informal.