Definitivamente, o carnaval deste ano não vai ser igual àquele que passou.
Pelo menos, não em Ipanema. Primeiro que caminhar no calçadão da praia, o esporte preferido de oito em cada dez moradores do bairro, ficou mais difícil (e muito mais feio), depois que instalaram as estruturas velhas e enferrujadas das torres de segurança.
Bem no meio do calçadão. E não é força de expressão.

O carnaval da transparência
Mas a turma está mais incomodada, mesmo, é com os banheiros químicos. Este ano, apenas um leve e fino tecido preto envolve os mictórios — e a luz do sol torna tudo transparente.
No último fim de semana, uma multidão lotou a orla — e os banheiros. Quem estava fora conseguia ver tudo o que acontecia dentro.
Como o povo mais animado do carnaval gosta de “causar”, ainda teve quem tenha adorado as novas circunstâncias — e aproveitado para exibir performances, digamos, um tantinho constrangedoras.