Depois de meses de treta politica, a Inocentes de Belford Roxo finalmente pisou na avenida, tendo como “diretor” o deputado estadual e pré-candidato a prefeito da cidade Márcio Canella (União). Canella desfilou todo pimpão, posando de patrono da escolinha da Baixada.
Há uma forte ligação entre o deputado e a agremiação. Canella é ex-aliado e hoje o maior adversário do prefeito Wagner Carneiro, o Waguinho (Republicanos) — que, não por coincidência, é inimigo da Inocentes.
O prefeito despejou a escola do galpão onde preparava as fantasias, num momento crucial dos preparativos para o desfile. Tudo por que o presidente Reginaldo Gomes, que também comanda o MDB no município, havia declarado apoio a Canella. A vingança, como convém ao carnaval, veio no ritmo da bateria.
Já a União de Maricá não teve um, mas dois patronos. E oficiais. O prefeito Fabiano Horta e o deputado federal Washington Quaquá — o candidato do PT nas eleições — se anunciaram no posto durante o esquenta da bateria. Quaquá desfilou como o cargo merece, aproveitando cada segundo da fama carnavalesca.
E fez jus ao tratamento. A prefeitura da cidade comandada pelo PT desde 2009 injetou R$ 8 milhões na escola de samba que levou um enredo politico para a Sapucaí e foi, de longe, a mais luxuosa da noite. Felizes, os componentes cantaram a plenos pulmões o refrão “Maricá é meu país, meu país é Maricá”.
Não à toa, as duas escolas saíram como as favoritas do primeiro dia de desfiles.
Poxa, Berenice, “escolinha da Baixada” para classificar a Inocentes de Belford Roxo que já esteve na Série A do Carnaval foi desrespeitoso.
Desculpe, Yuri. Esta não foi a intenção. Sinto muito.